No fim da semana passada o Estado do Rio Grande do Sul se chocou ao tomar conhecimento do triplo homicídio cometido pela Empresária do ramo calçadista, Roselani Picinini D’Ávila. O impacto foi maior ainda na Região Vale dos Sinos. Eu, como todos os seres normais que são repletos de afeto, humanização e generosidade, fiquei abalada e criei para mim mesma interrogações que curiosamente cercam este caso.
A violência já tomou há muito tempo nossa sociedade. A cada dia, torna-se mais ampla, mais direcionada e mais impactante. Os motivos pelos quais esta acontece, são trocentos...infinitos e inigualáveis.
As pessoas estão se fechando, se trancando para o Mundo através de grades e alarmes. Isso é terrível! Aclamamos tanto por liberdade e não temos de verdade. Buscamos tanto a independência, mas somos dependentes. Dependentes: de uma polícia mal paga e de projetos de segurança pública mal pensados. Além disso, necessitamos daquela educação tão almejada, que só assim motivará a consciência nas pessoas e também as livrará das drogas, da fome, dos tabus. Necessitamos de saúde pública, com a totalização das especialidades, inclusive com serviço psiquiátrico e psicológico. Necessitamos quebrar os clichês da sociedade e as diferenças sociais. Obviamente, necessitamos por fim à desigualdade social, que massacra a massa e cria tantas divergências que motivam revanchismo. Ah! Necessitamos de tanto em tão pouco tempo, de tão pouco em tanto tempo. Mas precisamos de pessoas corajosas e brasileiros empenhados para que estas metas e tantas outras possam tornar-se realizações.
A violência transcende grupos sociais, idade, sexo, raça. Porém, enquanto houver caos social, haverá a mesma também.
Meu medo é que o caos não cesse e que as pessoas não encontrem a consciência, daí o valor da vida estará sempre negativo.
